INFORMAÇÕES SOBRE UMA DOENÇA FATAL E EXTREMAMENTE CONTAGIOSA AOS CÃES.
A Parvovirose é uma das viroses mais conhecidas no meio veterinário e mais contagiosas entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Surgiu nos Estados Unidos e na Austrália em 1978 e atualmente existe no mundo inteiro. É causada por um vírus da família dos Parvoviridae, muito resistente no meio ambiente. As espécies sensíveis são exclusivamente os cães.
Ataca mais cães jovens do que adultos, pelo fato destes últimos serem mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida.
A Parvovirose é uma das viroses mais conhecidas no meio veterinário e mais contagiosas entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Surgiu nos Estados Unidos e na Austrália em 1978 e atualmente existe no mundo inteiro. É causada por um vírus da família dos Parvoviridae, muito resistente no meio ambiente. As espécies sensíveis são exclusivamente os cães.
Ataca mais cães jovens do que adultos, pelo fato destes últimos serem mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida.
Apresenta alta mortalidade, cerca de 80%, principalmente entre cães jovens e de raças puras ou animais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.
Existe uma pequena possibilidade de infecção no homem pelo parvovírus aparentemente combinado com outros adenovírus, causando alterações no trato respiratório superior e olhos. Entretanto, no homem não há gravidade e consequências que se apresentam para os cães.
Depois de três ou quatro dias após a infecção, começa a fase crítica onde começam a aparecer os sintomas.
Em geral, esta doença traduz-se por uma gastroenterite hemorrágica.
No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, provocando elevação da temperatura, podendo atingir 41ºC, e em animais mais velhos pode ocorrer diminuição da temperatura. Além disso, alguns animais apresentam uma gastroenterite hemorrágica. Nessa fase o animal se torna sonolento e sem apetite, logo após tem início o vômito e diarreia escura com sangue e odor fétido. Alguns animais apresentam também tosse, além de inchaço nos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite).
O coração do animal também se inflama (Miocardite), principalmente quando o animal é jovem, causando morte em geral repentina de evolução rápida, às vezes em questão de dias ou até horas.
A medida que a doença evolui, a temperatura geralmente volta ao normal, antes de se tornar subnormal, quando então o animal morre por choque.
A evolução da doença pode ser hiperaguda, na qual o cão se desidrata de forma muito significativa e morre em dois ou três dias, e aguda, com diminuição do volume sanguíneo, ocasionada pela diarreia e vômitos. Neste caso, as infecções bacterianas suplementares levam o animal à morte em cinco a seis dias.
RECUPERAÇÃO
Durante a fase de recuperação, os sinais clínicos regridem rapidamente dentro de 5 a 10 dias depois de seu aparecimento. É possível que cães recuperados possam apresentar a forma miocárdica em uma idade mais avançada, devido às lesões iniciais causadas no músculo cardíaco. Normalmente, aqueles que conseguem ir além do quinto dia curam-se rapidamente.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser confundidas com a parvovirose, se muito intensas.
Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais.
TRATAMENTO
O tratamento dos cães acometidos deve ser feito na clínica veterinária e consiste basicamente na aplicação via parenteral e mesmo oral de soluções isotônicas de sais minerais, glicose e vitaminas ajudando assim na recuperação do animal e prevenindo sua desidratação pelos vômitos e diarreias que são frequentes e profusos, durante a evolução da doença. Antibióticos devem também ser administrados para prevenirem ou combaterem as infecções secundárias que se associam à virose, não tendo entretanto, qualquer ação contra o vírus causal. Antieméticos e antiácidos também são usados na recuperação do animal.
O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para que eles consigam reagir. O período de incubação pode chegar a 12 dias e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado temporariamente.
PREVENÇÃO
Para a prevenção da virose existe vacina especificamente preparada por cultura do vírus em ovos embrionários, vacinas essas que conferem imunidade satisfatória, sendo tais vacinas classificadas como de vírus vivo atenuado por passagem em meio de cultura.
IMUNIZAÇÃO
A vacina contra a Parvovirose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.
Posteriormente ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principalmente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina. A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.
Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.
No caso de alguém que tenha perdido recentemente um animal pela doença, recomenda-se que um novo cão somente seja trazido para o mesmo ambiente contaminado após um período de tempo que permita, não apenas que o novo cãozinho tenha adquirido a imunidade necessária para sua proteção como também a desinfecção do ambiente contaminado. A desinfecção doméstica ainda é um problema muito sério em relação ao parvovírus, o qual é altamente resistente, principalmente em ambientes que não recebem sol diretamente.
A parvovirose não deixa sequelas e o animal curado ganha peso e volta a se desenvolver. Porém, apesar de contarmos com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é uma doença que ainda mata muitos filhotes.